A valva aórtica, uma das quatro valvas cardíacas, localizada entre o ventrículo esquerdo e Aorta, tem papel primordial na circulação sanguínea do sistema arterial. A principal causa de sua disfunção é a degeneração, que ocorre principalmente por causa da calcificação e está intimamente relacionada com o envelhecimento. Esta degeneração se manifesta principalmente na forma de estenose valvar e cerca de 6% da população mundial com 75 anos de idade é portadora desta estenose na sua forma severa, com prevalência aumentando exponencialmente com a idade.
O tratamento para esta doença é a troca valvar aórtica, originalmente realizada através de procedimento cirúrgico. Porém, pelo fato de ser uma doença que acomete preferencialmente idosos, muitos não tinham condição de ser submetido a esta modalidade de tratamento pelo risco cirúrgico relacionado à idade e suas comorbidades, e, até então, o que lhes restava era aguardar a história natural desta doença, que é inexoravelmente trágica.
Porém, em 2002 na França e posteriormente em 2008 no Brasil, foi realizada a primeira troca valvar aórtica pelo cateter, sem a necessidade da cirurgia convencional. Na sala de cateterismo, diante de equipe multidisciplinar, através de uma punção na artéria da virilha, se faz o implante da nova valva aórtica de maneira percutânea, possibilitando uma recuperação mais rápida e alta hospitalar mais precoce. Considerada uma das maiores evoluções modernas dentro da cardiologia, tornou possível o tratamento de pacientes que antes não tinham condições clínicas para a cirurgia.
A tecnologia evoluiu e a expertise da equipe multidisciplinar envolvida cresceu e atualmente, em centros hospitalares de grande volume neste tipo de procedimento, a TAVI tem sido realizada com sedação superficial, sem anestesia geral, sem intubação orotraqueal, com permanência média de apenas 1-2 dias na UTI e 1-2 dias no apartamento, possibilitando a alta hospitalar precoce, inaugurando a era das TAVIs minimalista ou minimamente invasivas. Esta evolução tem permitido o tratamento da estenose valvar aórtica em pacientes cada vez com menor risco cirúrgico.
A equipe do Hospital Santa Isabel está preparada para o atendimento e tratamento percutâneo não só da estenose valvar aórtica, como também de diversas outras afecções estruturais cardíacas e demais doenças cardíacas nos seus mais variados graus de complexidade.
Dr. José Mariani Jr.
CRM: 79810
Melhores resultados clínicos e qualidade de vida do paciente.